CINCO MIL EMPREGOS À VISTA NO AEROPORTO

CINCO MIL EMPREGOS À VISTA NO AEROPORTO

OBRAS NO JK ABRIRÃO 5 MIL VAGAS

Autor(es): » SÍLVIO RIBAS

Correio Braziliense - 08/02/2012

Reforma e ampliação do Juscelino Kubitschek até 2014 vão atender 16 milhões de passageiros por ano

A privatização do Aeroporto Internacional de Brasília prevê a contratação de cinco mil trabalhadores para reforma e ampliação do terminal. O consórcio vencedor, formado pela construtora Engevix e pela operadora argentina Corporación América, terá de entregar o JK nas condições estabelecidas por edital até 2014. Analistas ouvidos pelo Correio questionam a capacidade das empresas vencedoras de serem bem-sucedidas na administração dos empreendimentos. Eles sustentam que o modelo de privatização permite um auxílio com verbas federais em caso de fracasso no processo de reestruturação.

Contratação será necessária para a reforma e a ampliação do aeroporto de Brasília com vista à Copa do Mundo
 

Alvo da principal disputa nos leilões de concessão dos três maiores aeroportos do país, realizados na segunda-feira, o de Brasília vai ganhar cara nova já em 2014. A expectativa é de que o consórcio vencedor — formado pela construtora catarinense Engevix (90%) e pela operadora argentina Corporación América (10%) — contrate cerca de 5 mil trabalhadores diretos e indiretos para tocar, em apenas 18 meses, uma série de obras de reforma e ampliação da infraestrutura até a Copa do Mundo de 2014.

Neste período inicial da concessão de 25 anos, serão investidos R$ 626,5 milhões, com destaque para a construção de um novo terminal de embarque com capacidade de 2 milhões de passageiros, reforço que elimina a atual saturação do Aeroporto Juscelino Kubitschek. Inaugurado antes mesmo da capital federal, em 1957, suas dependências recebem hoje 14 milhões de passageiros por ano e vêm ganhando destaque como centro de conexão de voos internacionais e entre todas as regiões do país.

Para encarar esse desafio, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) informa que ofereceu aos vencedores dos leilões de Brasília, Guarulhos (SP) e Campinas (SP) estudos de engenharia preliminares, com recomendações explícitas para cada aeroporto. Os projetos estão ancorados em previsões de demanda e divididos em cinco etapas de execução, cada uma com listas de ampliações e acréscimos esperados. Os administradores privados podem sugerir modificações, desde que atendam metas de segurança e qualidade dos serviços. Apesar da falta de detalhes, especialistas consideram a concessão satisfatória.

"O edital é detalhado e transparente, com prazos para começar e concluir obras. Essa coerência, além das pesadas multas sobre atrasos, é suficiente para esperar bons resultados", afirmou Nicolau Gualda, professor de Engenharia de Transportes da Universidade de São Paulo (USP). Para ele, os grupos escolhidos passaram pelo crivo dos leilões e deverão cumprir as promessas. A multa por descumprimento é de R$ 150 milhões, mais R$ 1,5 milhão por dia de atraso. Em paralelo aos principais itens, os rigorosos contratos preveem mais vagas de estacionamento e de serviços.

No aeroporto de Campinas, os investimentos até a Copa somarão R$ 873,05 milhões, com um novo terminal para, no mínimo, 5,5 milhões de passageiros por ano. Por concentrar o maior pacote de obras, boa parte voltada para sua vocação no setor de cargas, a concessão será de 30 anos. No caso de Guarulhos, que recebeu a maior oferta pela concessão de 20 anos, será aplicado R$ 1,38 bilhão, incluindo o novo terminal para sete milhões de passageiros anuais. Além dos terminais, estão previstas obras em ampliação de pistas, pátios, estacionamentos e vias de acesso, entre outras.

A estimativa do número de operários em Brasília, na casa de cinco mil, leva em conta o total envolvido na construção do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana de Natal, que empregará no seu auge 20 mil para construir um terminal com capacidade de 5 milhões de passageiros a partir de 2020. Entre as ressalvas feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) para aprovar o edital dos leilões dos aeroportos, está o risco dos materiais empregados nas obras.

Ontem, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) analisou as garantias financeiras e técnicas dos grupos vencedores e publicará seu parecer no próximo dia 17. A homologação do resultado do certame pela diretoria da Anac só deverá ocorrer no dia 20. De 23 a 29 de fevereiro, será aberto um período para examinar documentos referentes à proposta econômica e de habilitação. A apresentação de recursos de grupos derrotados poderá ser feita de 1º a 7 de março e a publicação dos julgamentos desses pedidos, até 16 de março. Cumpridas essas etapas, a assinatura dos contratos deverá ser feita até 45 dias após a homologação do leilão, em 6 de maio.


Fonte: Clipping

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